quarta-feira, 27 de junho de 2012

No Ritmo das Letras


As letras dançavam, por isso não conseguia ler. Dançavam ao som dos passos, falas e barulhos do próprio ambiente. Meus pais achavam que era preguiça da minha parte, achavam que eu não queria ler; ou até mesmo que eu era burra o suficiente pra ser a única que não conseguia ler na minha sala de aula. Bem, a professora já me ensinou várias vezes, mas não me ensinou a dançar no ritmo daquelas letrinhas tão animadas. Não conseguia prestar atenção na aula, sei lá, eu não controlava a minha cabeça, ela vivia em tantos lugares. E confesso que eram melhores que todas aquelas explicações robotizadas aplicadas pelo sistema. Minha escrita espelhada. Espelho espelho meu, decifre o que ela escreveu. O b trocado pelo d: babo, dado. Fica complicado. Olha lá aquela mosca voando.... Ops, de que eu tava falando? Ah, queria conseguir jogar vôlei junto com as outras meninas da minha classe, mas não consigo calcular a distancia, o tempo e a velocidade em que a bola é arremessada, é demais pra mim. É, eu devo ter algum problema mesmo. Porque será que não consigo fazer essas coisas simples e rotineiras que todas as outras pessoas fazem com facilidade? Eu já não acreditava em mais nada, só queria fugir de mim mesma, dos olhares de raiva, de dó e de desânimo que via nas pessoas ao meu redor. Será que eu ainda tinha conserto? Sim, disse o professor substituto que acabara de entrar em minha sala de aula, com um violão, tocando e cantando uma música que falava sobre a conjugação do verbo ser. FUI julgada, mas SOU lutadora e VOU vencer. Era aquele o ritmo, eram aquelas batidas que eu precisava pra dançar junto às letrinhas. Falhei em alguns momentos, mas o professor substituto segurou minha mão e me levou de volta ao ritmo, suave e lento, porém eficaz. Ensinou-me as coreografias e dançou comigo. Mostrou-me todos os tons, timbres, altos e baixos que eu deveria acompanhar naquela melodia. Aos poucos fui abandonando meus dois pés esquerdos. Deixei de lado todas as incertezas e acreditei em mim mesma. Dançando no ritmo da minha própria música, diferente, porém especial.
Não sou burra, não sou lerda, não sou mal educada, não sou uma aberração, não sou desligada, não sou desleixada, não sou desinteressada, não sou desencanada, não sou igual. Sou disléxica, sou diferente, mas sou normal.

domingo, 11 de setembro de 2011

TRUE LOVE


A vida perde o seu verdadeiro sentido quando a pessoa desiste do amor. Afinal qual o valor da vida quando você não ama e é amado por alguma pessoa? Ninguém consegue ser feliz sozinho. Quando o amor verdadeiro surge, a pessoa se torna no melhor que ela pode ser. O motivo disso é que o amor transforma e modifica as pessoas, mas isso apenas ocorre quando esse amor é real. Quando duas pessoas se amam elas não ligam de abrir mão de uma vida inteira pela outra pessoa, pois elas sabem muito bem que as vidas delas não fazem sentido algum caso a outra pessoa não esteja ao seu lado.

terça-feira, 5 de julho de 2011

5 de julho

No dia 5 de julho acontecem vários fatos importantes, como a fundação do Exército da Salvação, aniversário da cidade de Itaguaí, no Rio de janeiro, Brasil; aniversário da cidade de Beberibe no Ceará, Brasil. Mas neste mesmo dia, precisamente no ano de 1993, algo peculiar acontecia em uma longínqua cidade. Um cordão umbilical era cortado, o primeiro sopro de oxigênio chegava aos pulmões ainda virgens de um menino que findava uma espera de muitos anos, dando início a uma trajetória social diferente do restante da sociedade. A peculiaridade não se deve ao nascimento em si, mas do personagem que ali nascia. Certa vez tentei definir com uma palavra, mas acabei descobrindo tantas que fiquei sem adjetivos o suficiente. Por isso acredito que preciso criar uma nova categoria, uma nova classificação para encaixá-lo, mas meu intelecto ainda não permite. Esse tentar encaixar (entenda colocar na caixa) algo ou alguém que está além do conhecimento humano, ou podemos chamar grosseiramente de “a frente do nosso tempo” ou “vanguardista”, acaba por enfraquecer, ferir, esmagar a potencialidade ou capacidade que essa “coisa” tem a oferecer. E o tempo todo seus excessos e suas arestas estarão incomodando quem as encaixotaram, pois devem ser aparadas ou lapidadas a todo instante, crescem descontroladamente buscando espaço, ansiando pela liberdade que lhe foi podada.

Este seria o prólogo da personalidade deste ser nascido no dia 5 de julho de 1993 e sob signo de câncer. Pois eu faria um livro ao tentar definir algo que não se define, que não se encaixa, que não é estático, que não se prevê, que de alguma forma mantém o mistério necessário para obter uma surpresa por dia, como uma fonte inesgotável de presentes bons e ruins dependendo do seu dia de sorte. Fonte esta, que não é negociável, assim como a fonte da juventude ou da vida eterna, pois ela só funciona com você e para você, mesmo que tudo isso seja apenas fruto da sua imaginação nada te faria deixá-la, algo te prende a fonte, um feitiço quem sabe, aquele mesmo que te faz acreditar que ela é inesgotável.

De todas as comemorações importantes e oficiais que citei no começo, nenhuma tem a grandiosidade comparável ao nascimento dele, nenhuma tem a grandiosidade comparável ao que ele já fez e fará um dia, ao menos para mim, pois a fonte só revela sua magia e seu poder quando não há céticos por perto, pois é da crença em seu poder e magia que a fonte se alimenta, enquanto houver alimento a fonte será inesgotável. E todo dia agradeço pelo dia 5 de julho e por ter essa fonte em minha vida, mesmo que hoje, não tão perto como antes. Mas vocês devem se perguntar pra que ela serve… Só descobre quando a tem ela por perto, como eu disse, não é possível definir. Saberá quando a encontrar, não é qualquer ser humano que tem a sorte de conhecer sua magia e seu poder.

Eu te amo te amo te amo, sem pausas e com muita saudade.

Lucas Montenegro, Feliz Aniversário!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Oi, não estou de TPM.

Cansei! Cansei das pessoas.
Cansei de conversar, de abrir meus sentimentos e os expor durante uma longa conversa, que no fundo, eu sei que será - na maioria das vezes - totalmente irrelevante ao ouvinte. Pessoas são falsas. Onde está toda a racionalidade do ser humano? Não é tentando destruir a felicidade do próximo que você vai encontrar a sua própria felicidade.
Ultimamente, me decepcionei muito com várias pessoas ao meu redor. Umas, se mostravam amigas há muito tempo, mas no fundo não nos querem bem.
Não sei mais em quem confiar, não sei mais com quem conversar e desabafar.
Não criei esse blog com intenção de criticar meus (supostos) amigos. O-criei com a intensão de colocar tudo pra fora, "vomitar" toda essa repugnância que tenho da sociedade em minha volta. "Cuspir" minhas indiretas sem ser banalizada pelos meus seguidores do twitter, trabalhá-las sem citar nomes. E é nesse espaço que vou desabafar, cabe à vocês quererem ler ou não.
Wanessa Robertta